terça-feira, 26 de julho de 2011

O acidente matemático

Puxou a perna, seria perna?, da barra da razão. Pois pensava que esta era a raiz que abrigava o denominador, ali tornado completamente incomum.

Impressionou-se. Filosofou. E lembrou-se que, embora não parecesse, a matemática também era uma filosofia.

Em seguida, voltou a calcular, ou melhor, filosofar com números e sinais. E naquele seu empreendimento caracterizado por uma peculiar exatidão insólita, a calculadora mais o atrapalhava do que ajudava – ela incrivelmente o substituía no filosofar. E isso porque quando tinha uma calculadora em mãos, até o resultado eterno de 2 + 2 se enchia de complexidade científica.