sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Ádria, a menina que amava demais



Ádria era uma menina que tinha cabelos cacheados, olhos castanhos escuros, nariz um tanto achatado e um rosto bem minúsculo, oval e delicado. Sua estatura era bastante adequada às medidas de seu rosto encantador. Na verdade, Ádria em si era o encantamento em pessoa.
Durante todo o dia ela costumava andar sem camisa, apenas de shorts jeans em torno da grande casa em que morava e onde amava e era amada por todos. Do nascer do sol, hora em que cedo ela acordava para aproveitar o dia ao máximo, até o instante do sono noturno, no qual ela já imaginativa sonhava com as surpresas do dia seguinte, Ádria mantinha sempre vivo em seu semblante um sorriso e uma vontade clara de beijar, abraçar e amar sua família, seus amigos, seu mundo.
Porém, Ádria amava demais, bem como indagava demais! Era habitual que Ádria, como autêntica criança curiosa, questionasse as pessoas a seu redor sobre eventos e situações cujas respostas eram por ela já sabidas; Ádria buscava, de fato, somente encontrar um motivo para expressar todo seu carinho e atenção para com o seu mundo. E o amor em excesso era o sinal aparente de que Ádria amava o próximo como a si mesmo, porém também cometia o estranho pecado de sufocá-lo com a grandeza de seu puro e verdadeiro amor.