quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Passado Inexistente

Marília entra em seu quarto e vai em direção às janelas. Ao abri-las, fixa o seu olhar no céu, e contemplando a luz da lua e o magnífico emaranhado de estrelas, sente a leve e fria brisa de uma noite de inverno. Ao longe, ouve uma suave música e levada pela combinação dos mais delicados sons, cria em sua mente momentos de alegria que não viveu.

Subitamente, a brisa, antes calma, ganha extraordinária força a ponto de fechar a porta com tamanha violência e despertar a triste e doce Marília de sua longa viagem ao passado inexistente.

Logo após ouvir os fortes ruídos da porta, o mordomo da mansão sobe as escadas e chega ao canto de refúgio da pequena Marília. Ao entrar, encontra-a aos prantos e tenta acalmá-la. Depois de muitas lágrimas escorrerem pelo seu rosto angelical, Marília confessa que sua tristeza é por saber que toda sua fortuna não lhe trouxe a felicidade, mas sim a solidão.

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