quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Escrever...

Escrever não é tarefa fácil. Escrever nem é tarefa; é exercício.
Escrever exercício leva um pouco de tempo, pelo menos para ser escrito corretamente.
Escrever é conectar não palavras ou letras, mas ideias.
Escrever é ser coerente, corrente. Ser fluido até perder a coerência.
Escrever é falar sutilmente. Sutis ruídos da ponta da caneta ou do lápis em atrito com o papel, de preferência sem pauta, pois linhas exalam regularidade.
Escrever torna possível a união de ideias. Ideias sobre o mundo.
Ideias são expressas em palavras, mas também em gestos e ações. Ideias podem quebrar ou manter a regularidade aparente.
Escrever é a expressão de uma ideia; expressão silenciosa que só ganha vida, ou melhor, voz quando alguém lê o que está escrito. Há voz até em silêncio!
Escrever é uma ação. Ação de mão curvada. Polegar, indicador e médio. Vizinho e mindinho. Cerebelo.
Escrever, escrever, escrever não significa ler, ler, ler. Pois nem tudo o que foi um dia escrito será lido, (in)felizmente.
Escrever é digitar com 08 ou apenas 01. 10? Não! Os polegares foram para o espaço! Espaço vazio que evita o cheio, o amontoado, o incompreensível.
Escrever pode ser pontilhar. Ler pode ser tatear.
Escrever pode até ser péscrever!
Superação! Super ação! Super escrever!

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